Existem conceitos e abordagens que merecem a nossa atenção, e a nova versão da norma ISO 9001:2015, veio conquistar de novo o entusiasmo dos seus utilizadores Esta nova edição mais que uma norma de gestão da qualidade é uma norma de gestão do negócio.
Maior flexibilidade na estrutura documental e uma revisão que vem responder de forma mais cabal às necessidades e expectativas das organizações, servir os propósitos dos acionistas e garantir a liderança e compromisso da gestão de topo em relação ao sistema, pelo seu conteúdo e identidade com o mesmo.
Falamos de requisitos que de certa forma se encontravam implícitos nas versões anteriores e que agora, surgem de forma reveladora nesta nova versão de 2015.
De salientar a alteração de passarmos a chamar PESSOAS em vez de recursos humanos. De se valorizar e gerir o conhecimento organizacional zelando pela sua salvaguarda e impulsionando a sua aquisição. Fala-se de avaliar competências, no sentido de planear as ações adequadas às necessidades, e de não direccionar o foco essencialmente para a formação, quando podem existir competências que não se desenvolvem, certamente, com os métodos tradicionais da formação, ou até, não ser viável de todo, o seu desenvolvimento, e então pensar-se numa estratégia de reafectação da pessoa.
A abordagem por processos (em toda a sua cadeia de valor) para além de prever o ciclo da melhoria contínua, PDCA – Plan, Do, Check and Act, passou também a integrar o PBR – Pensamento Baseado no Risco. Ora, como pessoas conscientes, todos adoptamos nas nossas vidas o PBR, ou seja, as nossas decisões envolvem sempre uma avaliação de riscos, certo? Entenda-se aqui, que o conceito de risco, tem sempre os dois lados da vida, o bom e o mau, ou seja, numa linguagem organizacional ( e na ISO9001) o risco poderá envolver um efeito negativo ou positivo. Vamos pensar num efeito negativo: avaliamos as suas consequências, a sua verosimilhança (vulgarmente designada por probabilidade de ocorrência) e decidimos se avançamos correndo o risco tal como se apresenta ou se tomamos ações para o minimizar ou até eliminar. E assim prosseguimos no caminho da nossa vida… Nada de extraordinário, certo, mas ao integrar conscientemente o PBR na gestão dos Processos, a organização enfatiza a sua actuação preventiva na prevenção de efeitos indesejados e eleva a sua melhoria, pela identificação de oportunidades de melhoria. Talvez diga para si mesmo, eu já fazia isso, pois, se no subconsciente o PBR já existia e existe, agora é só trazê-lo para as sua ações, as suas decisões ganham força e a organização cresce.
Os princípios de gestão da qualidade também sofreram alterações, são 7 em vez de 8, a “abordagem à gestão como um sistema” cai, pois o princípio da “abordagem por processos” já integrava esta abordagem (gerir processos interligados). Fala-se agora de “comprometimento das pessoas” em vez de envolvimento, ou seja, é necessário ir mais fundo, é necessário que as Pessoas contribuam de forma positiva para a organização, e envolver, é só uma das possíveis estratégias para trabalhar o comprometimento. De referir também, o 7º princípio “gestão das relações”, a norma, dá oportunidade à organização, para pensar noutras relações para além dos fornecedores, outras partes interessadas relevantes para a organização, não esquecendo, claro, o “foco no cliente”, o 1º princípio.
Nós a mindwave apoiamos as organizações no desenvolvimento dos seu Sistema de Gestão da Qualidade segundo a norma ISO 9001:2015. Entre em contacto conosco.
Até breve !
Teresa Pinho